Unidades da APS contam com tecnologia para reduzir óbito por infarto
Com programa avançado de telemedicina em Unidades de Pronto Atendimento da APS Santa Marcelina, o tempo de resposta dos serviços de emergência cardiológica de alta complexidade tem diminuído.
Mais uma vez o Santa Marcelina é pioneiro na saúde com a implementação do moderno programa de telemedicina em cardiologia – LATIN (Latin America Telemedicine Infarct Network), que desde de junho de 2014 tem contribuído para a redução dos óbitos por infarto- de 11% para 6,8% na região leste da capital.
A conquista foi possível graças à diminuição, pela metade – de 90 para até 58 minutos – do tempo entre o atendimento e início do tratamento de excelência- a angioplastia primaria numa sala de hemodinâmica- das pessoas em situação de emergência, principalmente nos casos de infarto agudo do miocárdio (IAM). Segundo especialistas, o tempo ideal de atendimento para uma pessoa que está sofrendo de ataque cardíaco até o tratamento deve ser de aproximadamente 90 minutos, para que não haja consequências mais graves.
A iniciativa, que há quatro anos já é realidade na zona leste de São Paulo está presente nos serviços de Urgência e Emergência da APS Santa Marcelina Unidades de Pronto Atendimento (UPA) 24h- 26 de agosto (Itaquera), PA Atualpa Girão (Itaim Paulista), PA Gloria (Cidade Tiradentes) e OS Julio Tupy (Guaianases), e nos Hospitais do Itaim Paulista, Itaquaquecetuba e Cidade Tiradentes e, – que estão equipados com eletrocardiograma do LATIN. Além de reduzir a mortalidade, já que melhora o tempo de resposta dos serviços de emergência para ataque cardíaco, o programa de telemedicina traz benefícios à população e ao serviço prestado.
“Os ganhos para estes pacientes são bastante positivos e significativos porque, na grande maioria dos casos, conseguimos salvar vidas e dessas vidas salvas, garantir qualidade de vida pós-evento graças à esta agilidade no atendimento. Isso é essencial neste momento, inclusive para evitar sequelas graves, além de diminui os custos em decorrência de ataques cardíacos no país e em toda a América Latina”, explica o cardiologista intervencionista Jamil Cade, um dos responsáveis da equipe de cardiologia intervencionista do Hospital Santa Marcelina de Itaquera, referência em alta complexidade para a região e hoje considerado o centro de tratamento referenciado da LATIN, servindo de referência para implantação em várias outras cidades do Brasil e da América Latina.
COMO FUNCIONA
O usuário ao ser atendido em umas das Unidades ou Hospitais Santa Marcelina, equipados com um eletrocardiógrafo de 12 derivações, utilizado para detectar e diagnosticar anormalidades cardíacas, medindo impulsos elétricos, realiza o exame de eletrocardiograma e por meio do LATIN, que conecta unidades e ambulâncias a centros de tratamento distribuídos pela região, o ECG é transmitido pela internet a uma central de laudos onde atuam cardiologistas 24 horas por dia. Após avaliação, retornam o ECG com o laudo para a unidade de origem com o diagnóstico e o alerta caso exame acuse um infarto agudo do miocárdio (IAM)- condição que precisa ser tratada imediatamente.
O tratamento de excelência é a angioplastia primária, um procedimento clinico que deve acontecer num centro de hemodinâmica e que dispensa o uso de medicamento. Neste caso, o procedimento é realizado no Hospital Santa Marcelina de Itaquera- onde o paciente é levado de ambulância UTI para que tenha acesso ao tratamento de ponta.
De acordo com a Diretora da APS Santa Marcelina, Irmã Monique Bourget, o Programa LATIN é um grande avanço para a saúde da região e em especial para os cuidados com o paciente que sofre de IAM. Além das ações primárias, realizadas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) para a prevenção de doenças cardiovasculares, a Diretora reforça a importância da atuação em rede dos serviços de saúde envolvidos “O trabalho e a comunicação em rede é essencial para que esse projeto possa ter sucesso.”, finaliza Bourget.
BALANÇO POSITIVO
Desde abril de 2014, quando foi iniciado na Rede de Saúde Santa Marcelina, a Telemedicina já atendeu em torno de 133 mil pacientes, dos quais mais de 600 foram identificados com infarto agudo do miocárdio e tratados. “Hoje, este programa já é uma realidade no Santa Marcelina, mas a intenção é a de que ele seja ampliado para todo o território nacional”, afirma o Dr. Jamil Ribeiro Cade, cardiologista intervencionista e coordenador do Serviço de Hemodinâmica do Hospital Santa Marcelina de Itaquera.
TELEMEDICINA SANTA MARCELINHA É DESTAQUE NA MÍDIA
Revista Conexão – Agosto/Setembro 2015
Revista Conexão – Setembro/Outubro 2017
Dia Mundial do Coração e a prevenção de doenças cardiovasculares
Veículo: Rádio Bandeirantes São Paulo
Medicina do Futuro: Telemedicina permite que lugares distantes recebam suporte médico especializado
Veículo: Estadão
Telemedicina é usada no SUS para rastrear casos de enfarte
Veículo: Jornal O Tempo – Belo Horizonte
Paciente 3.0 exige mais dos médicos
Veículo:“Nossa Rádio” – 106.9 FM – Programa Primeiras